Conforme elucida o médico radiologista Gustavo Khattar de Godoy, a exposição à radiação é uma preocupação constante na medicina, especialmente em exames de imagem como raios-X, tomografias e fluoroscopia. Embora esses exames sejam essenciais para diagnósticos precisos, a redução da exposição à radiação é crucial para minimizar riscos à saúde. Avanços tecnológicos têm permitido diminuir significativamente a dose de radiação, beneficiando tanto os pacientes quanto os profissionais de saúde. Saiba mais, a seguir!
Quais tecnologias têm contribuído para essa redução?
Diversas inovações tecnológicas têm desempenhado um papel fundamental na diminuição da exposição à radiação. Equipamentos de tomografia computadorizada (TC) de múltiplas camadas, por exemplo, são mais eficientes em captar imagens, permitindo menos doses de radiação para obter a mesma qualidade de imagem. Além disso, técnicas como a modulação de dose ajustam automaticamente a quantidade de radiação com base na anatomia do paciente, otimizando a exposição.
Segundo o doutor Gustavo Khattar de Godoy, a inteligência artificial tem se integrado aos sistemas de imagem médica, aprimorando a qualidade das imagens e permitindo a redução da dose de radiação. Por exemplo, softwares como o Smart Noise Cancellation utilizam algoritmos avançados para melhorar a qualidade da imagem sem a necessidade de aumentar a dose de radiação.

Quais são os equipamentos de proteção individual (EPIs) essenciais na radiologia?
Os EPIs são fundamentais para proteger tanto os profissionais de saúde quanto os pacientes durante os procedimentos radiológicos. Aventais de chumbo, óculos plumbíferos e protetores de gônadas são comumente utilizados para bloquear a radiação dispersa e proteger áreas sensíveis do corpo. Ademais, o uso de protetores de pescoço e luvas específicas pode oferecer uma camada adicional de proteção, garantindo a segurança durante os exames.
A blindagem adequada das salas de exame é essencial para minimizar a exposição à radiação, pontua o Dr. Gustavo Khattar de Godoy. Materiais como chumbo, concreto com agregados de bário e até mesmo água são utilizados para construir barreiras que absorvem e atenuam a radiação espalhada. Essas medidas garantem que a radiação não se propague para áreas não destinadas à exposição, protegendo tanto os profissionais quanto os pacientes que permanecem fora da sala de exame.
Quais práticas de biossegurança devem ser adotadas na radiologia?
De acordo com o médico Gustavo Khattar de Godoy, a biossegurança na radiologia envolve um conjunto de práticas destinadas a proteger a saúde dos profissionais e pacientes. Isso inclui o uso adequado de EPIs, controle rigoroso do tempo de exposição à radiação, treinamento contínuo dos profissionais, monitoramento da dose de radiação recebida e controle de acesso às áreas de exame.
O futuro da radiologia promete avanços significativos na redução da exposição à radiação. Novas tecnologias, como a tomografia computadorizada baseada em contagem de fótons, já demonstram potencial para fornecer imagens com resoluções mais nítidas e com doses de radiação reduzidas em até 40%.
Em suma, para o doutor Gustavo Khattar de Godoy, a integração de tecnologias avançadas, a utilização adequada de EPIs e a implementação de práticas de biossegurança são essenciais para garantir a proteção contra a radiação na medicina. Essas medidas não apenas aumentam a segurança dos pacientes e profissionais, mas também contribuem para diagnósticos mais precisos e eficazes, promovendo uma medicina mais segura e eficiente.
Autor: Walto Inahana