De acordo com o doutor Bruno Garcia Redondo, o estelionato é um crime que envolve fraude e engano com o objetivo de obter vantagem ilícita, causando prejuízo a outra pessoa. A legislação brasileira prevê punições severas para quem pratica esse delito, justamente pela gravidade de seus impactos econômicos e sociais.
Tendo isso em vista, além de entender os elementos que caracterizam o estelionato, é essencial conhecer os meios adequados para denunciá-lo e garantir que o autor seja responsabilizado. Com isso em mente, continue a leitura e saiba como agir para evitar prejuízos e buscar justiça.
O que caracteriza o crime de estelionato?
O estelionato está previsto no artigo 171 do Código Penal e ocorre quando alguém, por meio de fraude, induz outra pessoa a erro, obtendo vantagem ilícita em prejuízo alheio. Esse tipo de crime envolve elementos específicos que precisam ser comprovados para que haja condenação. Segundo Bruno Garcia Redondo, entre eles estão a intenção deliberada de enganar, o uso de artifícios fraudulentos e a ocorrência de prejuízo real à vítima.

A conduta criminosa pode se manifestar em diferentes formas, como falsificação de documentos, vendas inexistentes pela internet, uso indevido de informações bancárias ou a criação de histórias falsas para obter dinheiro. Conforme frisa o procurador Bruno Garcia Redondo, a prova da fraude e a comprovação do prejuízo são determinantes para a configuração do crime, cabendo às autoridades reunir evidências suficientes.
Quais são os elementos essenciais do estelionato?
Para compreender melhor, é possível identificar alguns elementos indispensáveis para que a conduta seja considerada estelionato. Dessa maneira, esses fatores devem estar presentes de forma conjunta.
- Ato fraudulento: utilização de meios enganosos ou artifícios para induzir a vítima ao erro.
- Vantagem ilícita: benefício obtido de forma ilegal, seja financeira ou patrimonial.
- Prejuízo à vítima: dano efetivo sofrido por quem foi enganado, que pode ser material ou moral.
- Nexo causal: relação direta entre a fraude e o prejuízo sofrido.
Todos esses elementos, como destaca o doutor Bruno Garcia Redondo, precisam estar devidamente comprovados para que se configure a infração penal. Logo, a ausência de qualquer um deles pode descaracterizar o crime.
Como denunciar o crime de estelionato?
Ao se deparar com um caso de estelionato, é fundamental agir rapidamente para evitar maiores danos e possibilitar a responsabilização do autor. Desse modo, o primeiro passo é reunir o máximo possível de provas, como mensagens, comprovantes de transações, contratos e qualquer registro que comprove a fraude.
O boletim de ocorrência deve ser registrado na delegacia mais próxima ou, em muitos estados, de forma online por meio da Delegacia Virtual. De acordo com Bruno Garcia Redondo, esse registro formal é o que dará início à investigação policial. Em alguns casos, também é possível recorrer ao Ministério Público, que poderá oferecer denúncia e acompanhar o processo judicial.
Quais cuidados tomar para evitar o estelionato?
Embora seja possível denunciar, prevenir é sempre a melhor forma de combater o estelionato. Algumas práticas ajudam a reduzir significativamente o risco de se tornar vítima.
- Verificar a idoneidade de empresas e pessoas: confirmar dados e reputação antes de fechar negócios ou realizar pagamentos.
- Evitar compartilhar informações pessoais sensíveis: dados bancários, documentos e senhas devem ser mantidos sob sigilo.
- Desconfiar de ofertas muito vantajosas: preços muito abaixo do mercado e promessas de lucro rápido costumam ser indícios de fraude.
- Utilizar canais oficiais de pagamento: plataformas seguras oferecem mais garantias e proteções contra golpes.
Adotar essas medidas é um passo importante para dificultar a ação de criminosos e manter a segurança nas relações comerciais e pessoais.
A importância de agir com rapidez e informação
Em conclusão, o estelionato é um crime que pode atingir qualquer pessoa, independente de seu nível de conhecimento ou experiência. Assim sendo, agir rapidamente diante de suspeitas, reunir provas e buscar orientação jurídica aumenta as chances de responsabilizar o autor e recuperar possíveis prejuízos. Isto posto, além da punição, a prevenção e a informação são armas fundamentais para reduzir os casos e fortalecer a segurança nas relações sociais e comerciais.
Autor: Walto Inahana