Milton Seigi Hayashi, cirurgião plástico, destaca que o tema adolescentes e estética tem realmente ganhado relevância significativa atualmente à medida que padrões de beleza e influências externas se tornam cada vez mais presentes na vida dos jovens. Nesta introdução, será apresentado um panorama sobre os fatores que influenciam decisões estéticas na adolescência, os efeitos da pressão social, o impacto das redes sociais na construção da autoimagem e os cuidados éticos necessários para orientar escolhas seguras e responsáveis.
O que caracteriza a relação entre adolescentes e estética?
A relação entre adolescentes e estética é marcada por transformações físicas, emocionais e sociais. Nesta fase, a imagem corporal ganha grande relevância, e o desejo de aceitação pode influenciar escolhas relacionadas a procedimentos estéticos. Embora muitos adolescentes busquem melhorias por questões de autoestima, outros se veem pressionados por padrões irreais.
Segundo o cirurgião plástico Milton Seigi Hayashi, é fundamental entender o contexto emocional e social que cerca o jovem antes de qualquer intervenção. A estética, quando bem orientada, pode contribuir para o bem-estar, mas exige análise cuidadosa para evitar decisões precipitadas motivadas por inseguranças momentâneas.

Quando a escolha estética do adolescente é realmente autônoma?
A autonomia estética do adolescente depende de maturidade emocional, compreensão dos riscos e clareza sobre seus próprios desejos. Quando o jovem reconhece suas motivações, entende os limites do procedimento e demonstra consciência sobre expectativas realistas, há maior segurança para avaliar intervenções. No entanto, a autonomia pode ser comprometida por influências externas, como comentários de colegas, tendências virais ou idealizações geradas por filtros e edições de imagem.
O papel da família e do especialista é essencial para identificar quando o desejo é genuíno e quando deriva de pressão ou comparação social. Profissionais experientes, como Milton Seigi Hayashi, reforçam que orientar, esclarecer e avaliar o estado emocional do jovem é parte indispensável do processo.
Como a pressão social interfere na construção da autoimagem dos adolescentes?
A pressão social exerce influência direta na percepção corporal dos adolescentes. Comentários sobre aparência, padrões promovidos pela mídia e modelos inalcançáveis divulgados por influenciadores podem gerar comparações constantes, insatisfação e até baixa autoestima. Em muitos casos, o jovem passa a enxergar o próprio corpo como inadequado, mesmo quando não há necessidade estética real.
Essa pressão se torna mais intensa quando reforçada por resultados imediatos e perfeitos apresentados nas redes sociais. Apesar disso, grande parte dessas imagens é produzida artificialmente, o que dificulta ainda mais a construção de uma autoimagem saudável. Hayashi defende que o acompanhamento responsável deve priorizar orientação psicológica e educativa, garantindo que decisões estéticas não sejam respostas impulsivas a pressões sociais.
Como equilibrar liberdade de escolha e proteção contra pressão social?
O equilíbrio depende de diálogo, orientação e acompanhamento especializado. A família tem papel essencial ao escutar o adolescente, compreender suas motivações e reconhecer sinais de influência externa. Profissionais da saúde, por sua vez, devem avaliar o desenvolvimento físico, a maturidade emocional e a coerência da demanda estética. Além disso, programas educativos sobre autoimagem e saúde emocional podem contribuir para ampliar a consciência dos jovens, ajudando-os a diferenciar desejo pessoal de imposição social.
Por fim, Hayashi reforça a importância de um olhar cuidadoso, técnico e humano, que considere não apenas o resultado estético, mas o impacto psicológico a longo prazo. Esse debate é essencial porque escolhas estéticas feitas sem maturidade ou motivadas por pressão podem gerar arrependimentos, riscos à saúde e impactos emocionais significativos. Ao compreender a influência social, familiar e digital na formação da autoimagem, é possível construir um ambiente mais saudável, onde decisões estéticas ocorram de forma consciente e segura.
Autor: Walto Inahana

