A tecnologia blockchain é a base para a segurança e transparência nas transações com moedas digitais. Essa rede de dados compartilhável e imutável registra todas as transações financeiras de forma segura e transparente, tornando difícil a modificação de dados de criptomoedas. De acordo com um levantamento da Chainalysis, as fraudes representam apenas 0,34% do que é transacionado no mercado de criptomoedas em todo o mundo.
A blockchain é baseada em um modelo P2P (ponto a ponto) e formada por uma rede de aplicações de computadores. O sistema utiliza criptografia avançada, algoritmos e cálculos matemáticos para realizar transações diversas, funcionando como um grande livro de registros digital. Cada transação é cadastrada como um bloco de dados, com todas as respectivas informações, e é conectada ao bloco anterior e ao posterior, formando uma cadeia.
Mesmo que uma transação seja revertida, é necessário criar mais um registro, preservando o bloco anterior. Além disso, as validações em conjunto conferem autonomia e descentralização à tecnologia, funcionando independentemente de um órgão ou gestor central. Cada registro é totalmente rastreável e pode produzir relatórios para análise geral do sistema.
A validação por sistemas múltiplos aumenta o nível de segurança desse tipo de rede. Um artigo da Sociedade Brasileira de Computação (SBC) destaca que o sistema de “consenso” entre os componentes da rede de blockchain para validar as transações é uma das bases desse sistema. Quando um dos “nós” (pontos de acesso nos computadores) da rede P2P solicita uma transação, como a transferência de uma criptomoeda, esta precisa ser validada por consenso entre outros “nós”, por meio da resolução de algoritmos e cálculos matemáticos que devem confirmar um dos valores propostos inicialmente.
A segurança da blockchain é um dos fatores que tem feito o mercado de criptomoedas e ativos digitais se desenvolver cada vez mais. O mercado de criptomoedas é usado em ao menos 155 países, e o Brasil é o principal mercado da América Latina e o 9º maior do mundo. A tecnologia também é usada para pagamentos e transações financeiras, como todo tipo de dinheiro.
Além de se alastrar em transações cotidianas e de investimento, os criptoativos têm escalado em tração institucional e reconhecimento. No final do ano passado, o Banco Central Europeu apontou que o bitcoin é reserva de valor e pode ser melhor que algumas moedas estatais.
A regulamentação do mercado também é um importante fator de incremento à confiabilidade do mercado. No mundo, dados da PwC, de 2023, mostram que 42 jurisdições tiveram andamento para regulamentação, incluindo os países da União Europeia e os Estados Unidos. No Brasil, a Lei 14.478, conhecida como “Marco Legal dos Criptoativos”, foi sancionada no final de 2022, dando início ao processo de regulação governamental.
Companhias que atuam no setor precisam estar cada vez mais atentas e oferecer suporte aos clientes para minimizar os riscos. A Binance, por exemplo, emprega recursos que monitoram ameaças às contas em tempo real para bloquear ataques cibernéticos e tentativas de fraudes nas operações da corretora de criptomoedas. A empresa também adota a autenticação de 2 fatores, que inclui uma camada extra de segurança à conta do usuário, e mantém cooperação constante com órgãos internacionais de combate ao crime organizado.
A segurança da blockchain e a regulamentação do mercado são fundamentais para o crescimento e a confiabilidade do mercado de criptomoedas. Com a expansão desse mercado, é importante que as empresas e os governos trabalhem juntos para proteger a sociedade e garantir a segurança das transações.