De acordo com o cirurgião plástico Alan Landecker, a cirurgia de prótese de mama é amplamente procurada por mulheres que desejam aumentar ou reconstruir os seios por motivos estéticos ou após mastectomias. No entanto, uma preocupação comum é se a presença das próteses pode interferir na detecção precoce do cancro da mama.
Este artigo explorará como a cirurgia de prótese de mama afeta a detecção precoce do cancro da mama, abordando as principais dúvidas e esclarecendo os impactos da presença das próteses nos exames de rastreamento. Acompanhe essa leitura até o final para saber mais!
Como as próteses de mama afetam os exames de mamografia?
A mamografia é o exame padrão ouro para a detecção precoce do cancro da mama. A presença de próteses de silicone pode, de fato, representar um desafio na realização deste exame. As próteses podem obscurecer parte do tecido mamário, dificultando a visualização de áreas suspeitas. Estudos mostram que cerca de 25% a 85% do tecido mamário pode não ser visível em uma mamografia convencional quando há próteses.
Para contornar essa limitação, técnicas de mamografia especializadas, como a técnica de Eklund (também conhecida como “displacement views”), foram desenvolvidas. Como pontua Alan Landecker, especialista em cirurgia plástica, essa técnica envolve a compressão do tecido mamário para fora da área da prótese, permitindo uma melhor visualização do tecido. Além disso, a tomossíntese, uma mamografia 3D, tem se mostrado eficaz em melhorar a detecção em mulheres com próteses mamárias.
Quais são as alternativas à mamografia para mulheres com próteses de mama?
Além da mamografia, existem outros métodos de imagem que podem ser utilizados para a detecção do cancro da mama em mulheres com próteses. A ressonância magnética (RM) é uma dessas alternativas. A RM não usa radiação ionizante e pode fornecer imagens detalhadas do tecido mamário, independentemente da presença de próteses. Este exame é especialmente útil para mulheres com alto risco de cancro da mama ou para aquelas em que a mamografia não é conclusiva.
O ultrassom mamário é outra ferramenta complementar que pode ser utilizada. Embora não substitua a mamografia, o ultrassom pode ajudar a diferenciar entre cistos e massas sólidas e é particularmente útil em mamas densas ou com próteses. Este exame é frequentemente usado como complemento da mamografia para fornecer uma visão mais abrangente do tecido mamário, como ressalta o Dr. Alan Landecker.
Quais cuidados as mulheres com próteses de mama devem ter para a detecção precoce do cancro?
Mulheres com próteses de mama devem ser proativas em relação à saúde mamária. A realização regular de autoexames é fundamental, pois permite que a mulher familiarize-se com a textura e a aparência dos seus seios, facilitando a identificação de quaisquer mudanças. Embora as próteses possam alterar a percepção tátil, o autoexame continua a ser uma ferramenta valiosa para a detecção de anormalidades.
Como orienta o cirurgião Alan Landecker, consultas regulares com o mastologista são igualmente importantes. O médico pode orientar sobre a frequência adequada dos exames de rastreamento e quais técnicas são mais indicadas para cada caso. Além disso, é essencial que a mulher informe ao médico sobre a presença das próteses para que isso seja levado em consideração na escolha dos métodos de diagnóstico.
Conclusão
A cirurgia de prótese de mama não impede a detecção precoce do cancro da mama, mas requer atenção especial na realização de exames de rastreamento. Técnicas especializadas, como a mamografia com técnica de Eklund e a tomossíntese, bem como a utilização de exames complementares como a ressonância magnética e o ultrassom, são fundamentais para garantir uma avaliação completa do tecido mamário. Mulheres com próteses devem manter um acompanhamento regular com o mastologista e realizar autoexames periódicos para garantir a detecção precoce de qualquer anormalidade. Com os cuidados adequados, é possível conciliar a presença das próteses com a saúde mamária.